Blaze Bayley – 01/2011, um álbum no Flickr.
BLAZE BAYLEY
Beco 203, Porto Alegre/RS (23/01/2011)
De volta a Porto Alegre, Blaze Bayley, o Messiah com é chamado, proporcionou um final de domingo atípico para os gaúchos, trazendo a capital uma noite repleta de peso e carisma com o público.
A noite começa com a banda Lyberty esquentado os pouco presentes dentro do bar, mas mesmo com um baterista convidado, pois o oficial não pode estar presente, mostraram suas composições próprias e ainda um cover de Bark at the Moon do Ozzy e Ace of Spades, do Motorhead.
Com um pouco de atraso, já as 22h50 a introdução começa e logo a música Blackmailer do penúltimo disco de Blaze já está na garganta dos headbangers, agora sim enchendo o local. O Show segue com Smile back at Death e Faceless. É notável a energia e de Blaze no palco. Seus olhos arregaladas e a cara de louco a cada nota entoada mostra a vontade com que canta as composições. Estamos falando de um vocalista de renome do metal mundial e não apenas do cara que cantou no Iron Maiden, e o público presente sabia disto. A maioria dos presentes conhecia cantava junto e pedia pelos clássicos da carreira solo.
Um pouco fora de forma, mas com a voz em dia, a noite segue com Waiting for my Life to Begin, Ciy of Bones, Voices from de Past, Surrounded by Sadness, Letting Go of the World e a Confortable in the Dark. O cara conversa bastante com o público. Sempre falando com clareza pra que todos o entendam, ele agradece por diversas vezes a presença de todos no show. Fala que não tem nenhuma grande gravadora por trás, dizendo o que ele deve cantar, é apenas ele e os fãns, e que canta o que as pessoas querem, e não o que os empresários da música querem, se mostrando uma pessoa bem humilde, sem nenhum ar de estrelismo de um cara que entre vários trabalhos, já passou por uma das maiores bandas do mundo.
E falando na tal banda, a música Futureal, do disco Virtual XI do Iron Maiden faz o chão do Beco tremer. É a primeira vez que algo da Donzela de ferro aparece na noite. Mas a noite era de Blaze, e não do Iron, então ele continua com The Launch, do disco Silicon Messiah e Blood and Belief, do disco de mesmo nome.
Mais um breve discurso e a palavra Freedom dita várias vezes introduzia outra do Virtual XI, era a clássica The Clansman. A música, com seus 9 minutos e arranjos trabalhados, deixou os presentes ainda mais empolgados. Agradecendo novamente a presença de todos, o Messiah promete que quando estiver na Europa ou em outro continente e olhar o o céu, vai ver as estrelas e se lembrar da noite em que cantou em Porto Alegre (ok.. um pouco forçado, mas com boa intenção). Com o show se encaminhando para o final, Blaze ainda tem disposição para The Brave, Watching the Night Sky, Madness of Sorrow e The Man Who Would Not Die antes de cantar uma das mais pedidas da noite: Samurai. Com mais mais de 1h30 de show, ele anuncia que depois de cantar, não vai voltar para o camarim e vai ficar no palco para receber todos aquele que quiserem tirar fotos, pedir autógrafos ou simplesmente falar com ele. Disto isso, Man on the Edge, do seu primeiro trabalho com o Iron Maiden leva o público ao delírio, e devo ressaltar que em todas as músicas da donzela tocadas naquela noite, Blaze substituia seus olhos arregalados por um semblante feliz e cantava sorrindo.
Fim de show, aplausos, gritos de “Blaze, Blaze, Blaze” e como prometido, ele e seus companheiros de banda, David Bermudez (B), Nico Bermudez (G), Jay Walsh (G) e Claudio Tirincanti (D) fizeram questão de ficar no palco até a último headbanger sair do bar. Mesmo com um ar de cansado, recebeu todos e não se negou uma única foto.
Setlist:
Blackmailer
Smile Back At Death
Faceless
Waiting For My Life To Begin
City Of Bones
Voices From The Past
Surrounded By Sadness
Letting Go Of The World
Comfortable In The Dark
Futureal
The Launch
Blood And Belief
The Clansman
The Brave
Watching The Night Sky
Madness And Sorrow
The Man Who Would Not Die
Samurai
Man On The Edge
por Carlos Porto
Poesia Muda Shows 